domingo, 29 de maio de 2016

2.Fazenda Suissa e Fazenda Sabiá 1955 a 1985 (4)

2.6 Fazenda Sabiá: Instalações para Administração, Mecanização e Manejo Pecuário
O grande galpão que hoje serve de garagem para os veículos e demais maquinário da Fazenda Sabiá foi o local onde nasceram todas as outras construções. Além de ser o primeiro teto dos construtores serviu também para a fabricação de blocos de concreto com os quais foram erguidas as casas da colônia, o escritório e a oficina. Essas primeiras construções da Fazenda Sabiá eram originalmente cobertas com telha de cimento amianto, exceto a cocheira e o curral. Já se utilizava, portanto materiais industrializados diferentemente da época pioneira onde primeiro era necessário manufaturar telhas e tijolos antes de construir.


O Escritório
O escritório foi projetado à moda antiga com duas salas. A sala do escrivão tinha um guichê para a varanda através do qual os trabalhadores rurais se comunicavam com ele sem entrar na sala. Ali se assinava o ponto e a folha de pagamento. 
O administrador ocupava a sala mais reservada com acesso ao lavabo. 
Posteriormente o escritório foi ampliado conforme se vê na foto.


A Oficina
A oficina, construção compacta e objetiva, reflete o rigoroso senso de organização suíço. Cada setor seja de borracharia, lubrificação, abastecimento ou consertos tem suas bancadas e armários para ferramentas. 


 O Paiol
O paiol de milho segue o modelo clássico É uma construção elevada do solo e arejada para impedir o mofo e o ataque de roedores. Um diferencial porém é o mezanino que ocupa metade da parte superior do paiol. Os dois alpendres laterais servem de abrigo para charretes e pessoas durante as chuvas de verão. 


 A Cocheira e o Curral
Dizem os antigos que havia outro curralzinho muito feio no mesmo local. Paul Ackermann montou o curral de 2000m² tal qual ele é utilizado hoje. É uma instalação moderna e completa com cinco mangas, seringa, tronco, apartadouro, balança e embarcadouro nessa ordem.  Chamam a atenção os nichos reservados para as árvores que sombreiam as mangas, um detalhe que oferece conforto aos animais ali contidos.
A cocheira tem somente uma manga externa, junto ao curral. Ela oferece espaço para arrear e abrigar cavalos, conter, banhar e tosquiar carneiros, abater gado, enfim  atividades diversas relacionadas com a lida pecuária.





A Casa-Sede
Em 1968 o patrão Dr. João remanejou os administradores das fazendas porque ele notou que seus colaboradores mais imediatos moravam distantes dos familiares. Assim Paul Ackermann foi cuidar de uma fazenda perto de Guararapes onde morava a família de sua esposa e João Bannwart veio para a Fazenda Sabiá, ficando mais próximo de seus parentes de Pirajuí.
Ao se mudar para a Sabiá João Bannwart dispensou a Mansão Ventania, moradia de seu antecessor, e ocupou logo duas casas da nova colônia. Mas esse arranjo não era muito prático, principalmente na estação das águas, então ele optou por construir uma Casa Sede mais confortável para si. Ele convenceu o patrão que, fazer uma casa de bom tamanho, seria uma empreitada rápida e barata. Assim fez, utilizando bloco cerâmico furado, laje premoldada, telha de barro e esquadrias de ferro. A casa ficou razoavelmente prática e ganhou conforto térmico em relação às demais, mas ficou a construção mais sem graça da Fazenda Sabiá.
Hoje as varandas e o paisagismo corrigiram essa feiúra acrescentando uma boa dose de charme e aconchego à Casa-Sede conforme mostra a foto. Mas essas alterações serão comentadas mais adiante. 



Segue abaixo uma imagem mostrando o conjunto da sede da Fazenda Sabiá: