1.Fazenda
Suissa 1925 a 1955 (11)
1.6
Moradias (2)
O
Estilo que Nasceu da Saudade
Para conseguir realizar seus projetos Max Wirth buscou
homens de sua confiança na Suíça. A foto abaixo mostra da esquerda para a
direita os senhores Fritz Walder (administrador), Ernst Loosli (gerente geral),
Walter Schiller (administrador e topógrafo) e Max Morel (administrador).
Após dez anos de trabalho árduo a Fazenda Suissa chegou
ao auge de produtividade. Lavouras com 1.200.000 pés de café produzindo substituíram
as matas, exceto em algumas encostas, as pastagens estavam cheias de gado gordo
e mão de obra bem estruturada garantia a continuidade dos trabalhos.
Havia chegado a hora de se iniciar um novo projeto.
Assim Max Wirth voltou sua atenção para a Fazenda Paredão, próximo da pequena
cidade de Oriente e adjacente à ferrovia.
Apesar do sucesso nos empreendimentos os suíços
sentiam saudades da terra natal. O primeiro impulso da aventura no Brasil se
transformou em rotina de trabalho e cuidados com a família aqui constituída.
Ernst Loosli, o gerente geral, merecia uma moradia melhor então, em vez de
construí-la conforme o modelo brasileiro optou-se por copiar em escala menor o
vistoso chalé chamado Villa Sonnenbühl, residência da família Wirth nos Alpes
suíços. Talvez por praticidade o
pioneiro encomendou logo mais uma casa parecida, porém menor ainda, para si na
Fazenda Paredão. Assim a Villa Sonnenbühl, construída em 1911, com quatro
pavimentos além do sótão, 11 quartos, banheiros, salas e salões, cozinha com depósitos,
estrebarias e gazebo gerou logo duas cópias...
A primeira cópia Max Wirth construiu para si e para
sua esposa Emily na Fazenda Paredão em Oriente. Era minúscula para o padrão da
época, mas já que os filhos estavam todos na Suíça completando os estudos
bastava-lhes uma casa pequena. Tinha apenas um quarto, amplo banheiro, sala com
copa de almoço, cozinha com fogão à lenha, despensa e uma varanda. Não havia
acesso interno ao sótão, mas tinha um pequeno anexo para serviços.
A segunda cópia, bem maior, foi a casa da família
Loosli, construída em 1936. Ernst, Emma, a pequena Lilly e o recém-nascido
Fritz moravam na sede de madeira antes de mudarem para sua nova casa de
alvenaria. Ao contrário da Villa original esta casa tinha somente um pavimento
térreo com 3 quartos, banheiro, copa, cozinha, sala de estar, sótão com dois
quartinhos, grande varanda adequada
ao clima tropical e uma piscina que também alimentava o lavador de café.
Posteriormente também foi construído um anexo para serviços e, quando a filha
mais velha Lilly se casou, foi acrescentada uma suíte no fundo.
Detalhes típicos das construções suíças como os
telhados muito inclinados, os oitões revestidos com tabuinhas de madeira em
forma de escamas, as paredes das salas revestidas com painéis de madeira e a
lareira no centro da casa, compõe um estilo único, resultante da profunda
saudade dos suíços que trocaram sua pátria pelo Brasil.