1.Fazenda
Suissa 1925 a 1955 (12)
1.6
Moradias (3)
As primeiras moradias da Fazenda Suissa foram construídas
com madeira proveniente das derrubadas, desde a casa do patrão, as casas dos
funcionários de primeiro escalão, até as casas geminadas dos colonos. Algumas
tinham fundações de alvenaria e outras de estacas de aroeira.
Variava, porém o grau de acabamento que conferia maior
ou menor conforto ao morador, de modo que as mais confortáveis como, por
exemplo, a primeira casa sede tinham janelas com vidros e venezianas, ambientes
internos forrados e portas com fechaduras no lugar das tramelas, diferentemente
das casas dos colonos desprovidas destes detalhes. Mas todos almejavam morar em
casa de alvenaria com banheiro interno e acabamento refinado. À seguir estão
relacionadas as moradias dessa categoria. As velhas casas de madeira eram
consideradas atraso de vida por isso hoje não resta mais nem uma única sequer
na Fazenda Suissa.
A Casa
dos Administradores
O departamento de pessoal era estruturado conforme uma
rígida hierarquia. O gerente geral Ernst Loosli comandava os administradores de
diferentes setores e abaixo deles havia o fiscal geral que supervisionava o
serviço braçal, os profissionais da construção, mecânico, maquinista e guarda-livros.
Max Morel ( na foto à direita de Walter Schiller), Leôncio Bannwart e Rodolfo
Wild foram os administradores que moraram na casa próxima da família Loosli no
alto da colina. Entre as duas casas havia uma construção comprida apelidada de
Zeppelin que abrigava os tratores, o carro Ford e terminava no paiol de milho.
Duas gerações da família Schiller moraram na Fazenda Suissa.
Primeiro o engenheiro Walter (na foto à esquerda de Max Morel com sua esposa
Amália e filhos moraram na Casa-Sede de madeira. Ele trabalhou alguns anos como
administrador e agrimensor na Fazenda Suissa e, após adquirir o Sítio Cana
Verde em Lucélia, passou a prestar serviços de topografia além de cuidar das
lavouras e do alambique de seu sítio. Com saudades a comunidade suíça se lembra
dele, o grande acordeonista que embalava o baile e acompanhava a cantoria a
beira da fogueira nas festas de 1º de agosto, dia em que se comemora a
independência da Suíça
Muitos anos depois o filho Walter Schiller Junior,
veterinário, morou na Casa dos Administradores e fez uma reforma onde
acrescentou um anexo com mais 2 quartos, banheiro, área de serviços e garagem.
Esse anexo curiosamente foi construído de forma à obstruir a estrada do alto da
colina e inutilizar o campo de bocha.
A
Casa do Serrador
Ao lado da Casa dos Administradores tem uma casa um
pouco estranha. O telhado pontudo de quatro águas e os puxados laterais remete
ao mundo dos ogros ou das fadas.
Nela morava a família de Albino Kursel que tocava a
serraria, pessoa chave para o bom funcionamento da fazenda.
A casa tem três quartos, sala, copa, cozinha, banheiro
e uma varanda de serviços.
A Casa
do Guarda-Livros e Vespário
Dona Terezinha, a esposa de Frederico Kremper, cuidava
do vespário, Uma das primeiras pragas que se instalou nos cafezais foi a broca.
Como não havia fácil acesso à defensivos químicos a broca era combatida com seu
inimigo natural, as vespas. Elas eram
criadas numa pequena construção ao lado do terreiro, domínio de Dona Terezinha.
A
Casa do Fiscal
Quem chegava na Fazenda Suissa se deparava primeiro
com a Casa do Fiscal onde era o ponto do ônibus Pássaro Amarelo. O
Sr. Olavo Arantes criou seus filhos nessa casa, sempre trabalhando como fiscal
geral.
A Casa do Fiscal fica ao lado da escola e da farmácia.
Ela tinha 3 quartos, sala, copa, cozinha, despensa e uma cozinha externa junto
ao banheiro num anexo.
Posteriormente esta casa passou por uma reforma, sendo
anexada ao conjunto da escola e da farmácia.
O
Fim de uma Era
Max Wirth faleceu no último dia do ano de 1952. Junto
com ele a Fazenda Suissa encerrou sua fase de desmatamento, consolidação dos
cafezais e colonização.
Centenas de imigrantes ajudaram nessa tarefa.
Primeiramente Max Wirth trouxe seus compatriotas da Suíça, depois seguiram
espanhóis e italianos. No início da década de 1930 a Fazenda Suissa firmou
contratos de trabalho com o governo japonês. Assim diversas famílias japonesas vieram
somar esforços e iniciar uma nova vida no Brasil.
A aquarela de Takaoka é um presente para a família
Wirth de Noda Guenko, fazendeiro do município de Getulina, que acompanhou a
delegação do príncipe do Japão em sua visita à Fazenda Suissa em1957. Nessa
ocasião os contratos já haviam terminado, mas permaneceu o vínculo de admiração
e respeito mútuo entre japoneses e suíços.
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